Materialismo histórico

Manifesto do Partido Comunista

O primeiro capítulo do "Manifesto do Partido Comunista" abre-se com uma análise da luta de classe, pois o objetivo do Manifesto Comunista era proclamar a queda inevitável da atual propriedade burguesa e a soberania do proletariado, ou seja, a dissolução da antiga sociedade burguesa baseada em contrastes sociais e a instituição de uma nova sociedade, sem classes e sem propriedade privada. O autor analisa que o desenvolvimento das forças produtivas traz conflito entre os proprietários e os não-proprietários dos meios de produção. Mas os conflito se resolve em favor das forças produtivas e surgem relações de produção novas. Com isso, a superestrutura também se modifica e abre-se possibilidade de revolução social. Partindo dessa análise Marx desenvolveu uma concepção materialista da História, afirmando que o modo pelo qual a produção material de uma sociedade é realizada constitui o fator determinante da organização política e das representações intelectuais de uma época. Assim, a base material ou econômica constitui a infraestrutura da sociedade, que exerce influência direta na superestrutura, ou seja, nas instituições jurídicas, políticas e ideológicas da época. Segundo Marx, a base material é formada por forças produtivas (que são as ferramentas, as máquinas, as técnicas, tudo aquilo que permite a produção) e por relações de produção (relações entre os que são proprietários dos meios de produção as terras, as matérias primas, as máquinas e aqueles que possuem apenas a força de trabalho). Em seu sentido mais amplo, o materialismo afirma que tudo o que existe é apenas matéria, ou pelo menos é dependente da matéria. Em sua forma mais geral, afirma que a realidade humana é essencialmente material. O materialismo Histórico é um marco teórico que explica as mudanças e o desenvolvimento da História utilizando-se de fatores matérias e o modo de produção. Os dois fatores principais na mudança social, política e