MATERIAL EM ESCASSEZ NA CONSTRUÇÃO CIVIL
A Construção Civil é reconhecida como uma das mais importantes atividades para o desenvolvimento econômico e social, e, por outro lado, comporta-se, ainda, como grande geradora de impactos ambientais, quer seja pelo consumo de recursos naturais, pela modificação da paisagem ou pela geração de resíduos.
O setor tem um grande desafio de como conciliar uma atividade produtiva desta magnitude com as condições que conduzam a um desenvolvimento sustentável consciente, menos agressivo ao meio ambiente. É um desafio, embora antigo, ainda sem resultados satisfatórios. Sem dúvida, por ser uma questão bastante complexa, requer grandes mudanças culturais e ampla conscientização.
A ESCASSEZ DE MATERIAL NA CONSTRUÇÃO CIVIL E O MEIO AMBIENTE
Meio ambiente: um grande problema
Pesquisa internacional realizada pela Civil Engineering Research Foundation (CERF), entidade ligada ao American Society of Civil Engineers (ASCE) dos Estados Unidos, revelou que a questão ambiental é uma das maiores preocupações dos líderes do setor, logo atrás de informática.
A razão desta preocupação decorre de alguns fatores objetivos:
O maior consumidor de recursos naturais
A construção civil é responsável por entre 15 e 50 % do consumo dos recursos naturais extraídos. Em países como o Reino Unido o consumo de materiais de construção civil é de aproximadamente 6 toneladas/ano habitante.
O consumo de agregados naturais varia entre 1 e 8 toneladas/ano habitante. No Brasil o consumo de agregados naturais somente na produção de concreto e argamassas é de 220 milhões de toneladas. Em volta das grandes cidades areia e agregados naturais começam a ficar escassos, inclusive graças ao crescente controle ambiental da extração das matérias primas. Em São Paulo a areia natural, em sua grande maioria viaja distâncias superiores a 100 km, elevando o custo