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Se pensava que Peniche só era famoso no surf, então leia com atenção: o Waveroller já está a produzir energia elétrica a partir das ondas. É uma máquina única a nível mundial e está no fundo do mar, a 900 metros da costa, perto do Baleal.
O último relatório sobre energias renováveis publicado há poucos dias pela Direção Geral da
Energia e Geologia (DGEG) não deixa margem para dúvidas. Portugal voltou a ter energia elétrica produzida a partir da força das ondas.
Há três anos já tinha havido uma experiência com o Pelamis, na Aguçadoura (Póvoa de
Varzim), mas agora é o Waveroller (de origem finlandesa), que já está em teste no fundo do mar de Peniche, na zona do Baleal, a cerca de 900 metros da costa.
O Waveroller é já a segunda fase de um projeto que nasceu há cerca de dois anos, em articulação com a Eneólica (do grupo Lena) e a finlandesa AW Energy.
Ou seja, este protótipo pré-comercial surge na sequência de uma experiência anterior, a uma escala muito menor, mas que correu muito bem “e superou todas as expectativas”, nota
Leocádio Costa, da AW Energy.
MAIS DE SEIS MILHÕES NO FUNDO DO MAR: Custou perto de €6,5 milhões (em grande parte financiados por programas comunitários) e pesa 600 toneladas. Tem 43 metros de comprimento, por 18 de largura e 12 de altura. Mais de 50% desta estrutura submarina terá incorporação nacional.
Está desde agosto colocado no fundo do mar, onde as suas pás gigantes vão oscilando com a força das ondas que lhe passam por cima. Com esse movimento é acionado um dispositivo que transforma a energia das ondas em energia elétrica. Essa energia é depois enviada para a costa por um cabo submarino, onde é recebida por um transformador que depois a injeta na rede.