Mastite Ovina

Revisão de Literatura: Produção de Leite e Mastite Ovina
1 - Introdução
A ovinocultura sempre foi uma atividade importante no país, principalmente no Rio Grande do Sul, para a produção de lã. No Nordeste também sempre esteve presente como atividade de subsistência. Na última década, porém, houve uma elevação da participação relativa da carne, no contexto global da produção gaúcha, apesar da lã manter-se em primeiro lugar. Ao longo dos anos, a ovinocultura foi se expandindo em áreas não tradicionais como São Paulo, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais, notadamente com a finalidade de produção de carne (UNESP, 2004).
O leite de ovelhas, entretanto, nunca foi devidamente explorado no Brasil. Numa comparação com o potencial de mercado com a carne ou a lã, o leite está muito aquém. Mas o leite desta espécie animal é um produto nobre sob o ponto de vista da fabricação de queijos. Conseqüentemente, é um leite caro, destinado à fabricação de queijos finos, também de elevado valor de mercado. O Brasil tem nichos de mercado para esse tipo de produto, principalmente nos grandes centros urbanos, haja vista que importa queijo de ovelhas da Europa, particularmente França, Espanha, Portugal, Grécia e Itália. (UNESP, 2004). No oeste do estado de Santa Catarina, já se começa um trabalho de produção de leite ovino, importando animais da raça lacaune provenientes do Uruguai.
HAENLEIN (2000), afirma que a composição geral e valores nutricionais do leite ovino, se comparados com leite de vaca, cabras e humanos, é bem superior. Apresenta melhor rendimento na fabricação de derivados, e é bem valorizado. Olives & Pons (1998), verificaram que no leite mastítico há queda da caseína, gordura e lactose, importantes para a fabricação de derivados lácteos, além da queda de produção, que ocasiona prejuízo financeiro a toda cadeia láctea.
2 – Revisão
2.1 – Produção de Leite Ovino
Há necessidade de maiores estudos sobre a produção de leite de ovinos no Brasil, sobre a