Cadeias Produtivas I Unidade III
Unidade III
5 BOVINOCULTURA LEITEIRA
5.1 Introdução geral
Cerca de 21% da pecuária no Brasil são voltados para a produção de leite.
De acordo com o Riispoa (Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária dos Produtos de Origem
Animal), é feita a classificação do leite em A, B e C. O leite A é totalmente mecanizado e beneficiado na propriedade rural, sendo produzido nas granjas leiteiras, e apresenta maior valor. Por sua vez, o leite tipo B é produzido em estábulo leiteiro, possui ordenha mecanizada e é enviado para ser processado no laticínio. Já o leite C é de ordenha manual e é mandado para processamento no laticínio (em alguns lugares, ainda é enviado em latão). É aquele que possui menor valor e vem produzido na fazenda leiteira.
O leite B e o C se juntam para formar o leite cru refrigerado, levado para o laticínio em caminhões tanque a granel a cada dois dias e mantido no tanque de refrigeração.
5.2 Principais raças e cruzamentos
Existem raças zebuínas leiteiras, tais como Gir, Guzerá e Sindi Vermelha. A raça Gir apresenta pelagem variada e gavião (ponta da orelha voltada para face).
Figura 32 – Vaca da raça Gir leiteira (Feileite, 2006)
A raça Guzerá pode ser cinza ou branca e apresenta chifres simétricos em forma de lira. Já são aceitos animais descornados (mochados), mas não existe o Guzerá mocho natural (que nasce com ausência dos chifres). Por fim, a raça Sindi é bastante adaptada; porém, não há muitos animais no Brasil. Sua pelagem característica é vermelha.
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Figura 33 – Vaca da raça Guzerá (Feileite, 2010)
Há raças puras leiteiras europeias, como a Holandesa – a maior do mundo em termos de quantidade de litros de leite produzidos –, a Jersey, a Pardo Suíço, a Guernsey e a Airshire. A raça Jersey é a que apresenta maior taxa de gordura no leite. Pardos suíços são animais de grande porte; hoje há animais voltados para rendimento de carcaça.
Figura 34 – Vaca da raça Holandesa, de pelagem vermelha e branca