Massagem modeladora
Recentemente surgiram, como nova dimensão estratégica da indústria da beleza, produtos associados à idéia de tratamento. O conhecimento mais amplo e aprofundado sobre a estrutura e função da pele permitiu o desenvolvimento de produtos para o seu cuidado, apresentando apreciáveis efeitos benéficos sobre a mesma. Tais avanços conduziram ao desenvolvimento de produtos cada vez melhores. Nos últimos anos, as substâncias mais discutidas são os alfa-hidroxiácidos (AHA). O emprego dos AHAs foi introduzido em 1974 no tratamento tópico de ictiose (dermatose caracterizada pela secura e aspereza da pele, que se torna escamosa como a dos peixes). Atualmente, muitos produtos tópicos no mercado contêm um ou mais AHAs como componentes principais das fórmulas. Os AHAs são ácidos carboxílicos que contêm um grupo hidroxila adicional; denominação que engloba os ácidos orgânicos; ocorrem naturalmente em frutas, cana-de-açúcar e iogurte e incluem o ácido glicólico, o ácido láctico, o ácido málico, o ácido tartárico e o ácido cítrico. Entre outros. O presente trabalho tem como objetivo verificar a origem, a função e o modo de ação do ácido glicólico. Abordaremos ainda a concentração e o pH permitidos pela ANVISA para a classe dos esteticistas.
Ácido glicólico
O ácido glicólico tem sido o AHA mais freqüentemente utilizado em cosméticos. Trata-se de uma substância natural, solúvel em água, extraída da cana-de-açúcar, e que por ser uma molécula pequena, tem maior poder de penetração em relação aos outros AHAs. Dentre os AHAs, o de estrutura mais simples é o ácido glicólico, derivado da cana-de-açúcar. Ele tem apenas dois carbonos em sua estrutura molecular e é hidrossolúvel, o que o torna mais difuso na fase intracelular. Por ter a menor molécula, tem maior poder de penetração que os outros AHAs, sendo, portanto, mais rápida sua absorção no local da aplicação. Como a área de estética facial e os produtos cosméticos têm se