Mas nada terminou ainda
Quero ter-me em ti e já estou inteiro em ti,
É como fosses a casa do meu corpo, da minha alma e do meu coração
Nesse vai e vem, o teu corpo revolvido inteiro e luxuriosamente nu, entregue aos desejos meus.
E meus desejos são também os teus desejos,
Estou sobre ti, atrás de ti, ao lado de ti
E eu te toco, e eu te agarro e eu te beijo e ainda queres mais,
Teu corpo já não se separa nem se distingue do meu
E estou dentro de ti. Todo o tempo.
E gemes, e me agarras e me arranhas
E o teu prazer é o meu prazer, mais, mais e mais.
Mas é bom que eu saia um pouco de ti.
Acesa ainda como estás, levemente insaciada, a ausência de meu corpo te enlouquece.
E me queres. Desesperadamente me queres.
E também me beijas e me tocas. Nos despudores do meu corpo.
Mas tu me queres, de novo, todo em ti,
E eu te atendo. Lentamente te penetro, devagarinho, vou e volto, para que te excites ainda mais para que, na tua ansiedade eletrizada, na loucura revigorada dos gestos, gemidos e tremores, eu te tenha inteira, como nunca te teve alguém.
E é tudo tão intenso que parar já não queres e nem consegues
É a cabeça para trás, esses olhos que já não olham, o respirar que não respira, o arfar do teu peito, as palavras desconexas, as forças que te abandonam,
E gozas. Desesperada e apaixonadamente gozas, como nunca gozastes por