Lucia e a prova
Suspirou, e calmamente começou a maquiagem simples mas que, sem querer, fazia ressaltar alguns detalhes de um rosto que já tinha uma beleza díspar, o que a fazia bem diferente das suas colegas de trabalho. Estas, umas e outras, eram umas assanhadas, carregavam na maquiagem e nos trejeitos na esperança de chamar a atenção de algum medico bonitão e bem sucedido. Lúcia sabia que muitas haviam se “dado bem” por uns quinze dias, um mês., houve um rumoroso caso no hospital, a tipa conseguiu segurar o Dr. X por uns quatro meses, até que ele descobriu que ela não estava grávida mesmo.
Suspirou e, novamente olhando para o relógio da cabeceira da cama viu que já eram 5.25hs, agitou-se, tinha que tomar um café mais apressado, caso contrário perderia o ônibus e certamente o próximo não compensaria a diferença de quinze, vinte minutos entre um e outro e assim chegaria atrasada ao trabalho que, além de pagar um salário indigno, não hesitaria em descontar uns poucos minutinhos de atraso. Terminou rápido o desjejum, e ainda mastigando o último bocado do sanduíche de queijo quente, tratou de lavar os utensílios usados. Não gostava de chegar em casa e encontrar coisas por fazer.
Sem mesmo conferir o conteúdo da bolsa, o que era desnecessário pois sempre deixava tudo em ordem antes de ir dormir, saiu apressada.
Aproximando-se do ponto de ônibus, não acreditou no que via. Durante a noite haviam trocado o simples abrigo por uma moderna estrutura em forma de um grande semi-arco, muito bem iluminado., este tinha um pequeno degrau que