Amor ao ponto
Ponto Contrário
Corria o ano de 1959. Local: Estádio Rose bowl. Aquele fora o ano mais equilibrado da história do futebol americano. Os Estados Unidos pararam, o país inteiro queria saber o resultado. Quem seria o grande campeão daquele ano? Melhor ataque contra melhor defesa, tudo muito equilibrado. Quando estes dois times chegaram à grande final, todos os ingressos foram vendidos em questão de horas. No dia da final, milhares de pessoas esperaram por horas antes dos portões abrirem ao redor do estádio. Quando os portões foram abertos, em 30 minutos, todos os lugares foram tomados. Grossas fileiras de policiais separavam as torcidas. Cores diferentes, gritos constantes e cada vez mais altos mostravam a paixão daqueles torcedores. Esses gritos podiam ser ouvidos a dez quadras de distância. Pela primeira vez na história os dois times entraram ao mesmo tempo em campo. Fogos de artifício foram lançados ao céu que se coloriu como nunca. Toda aquela nação queria saber: quem seria o grande campeão daquele ano?
No primeiro lance da partida chutaram a bola e ela caiu nos braços de um jogador: Roy Ringo. Não teve dúvidas. Correu tudo que pôde com velocidade e agilidade que impressionaram a todos no estádio. E o improvável aconteceu: no primeiro lance do jogo, Roy Ringo conseguiu fazer um Touchdown (o ponto no futebol americano). A torcida foi ao delírio! Ele tirou o capacete, jogou a bola no chão e começou a bater no peito comemorando o feito. Mas qual não foi sua surpresa ao perceber que quem comemorava era a torcida contrária. Seus amigos estavam todos cabisbaixos e então ele entendeu. Na grande final de todos os tempos da história do futebol americano ele fizera um ponto contrário.
A primeira etapa do jogo acabou e todos desceram ao vestiário. Silêncio sepulcral; ninguém falava nada. Todos tristes e sem ânimo. O silêncio só foi quebrado pelo treinador, que disse: “O mesmo time que terminou o primeiro tempo volta para o campo”. Neste momento, Roy Ringo