Marx
O problema do conhecimento ocupou um lugar central na filosofia durante séculos. Mas este suposto problema somente surge quando o conhecimento humano é considerado como algo separado do corpo físico, e como algo separado do mundo material.
O que temos aqui é uma visão unilateral da consciência, que é apresentada como um suposto entrave para nos desconectar do mundo “externo”. De fato, somos parte deste mundo e não separados dele, e a consciência não nos separa e sim nos conecta a ele. A relação dos seres humanos com o mundo físico, desde o início, não era contemplativa, mas ativa.
Não pensamos somente com nosso cérebro, mas com todo o nosso corpo. O pensamento deve ser visto não como uma atividade isolada (“o fantasma da máquina”), mas como parte integrante de toda a experiência humana, da atividade sensorial humana e da interação com o mundo e com outras pessoas. Ele deve ser visto como parte integrante deste complexo processo de permanente interação, não como uma atividade isolada que se justapõe mecanicamente a ele.
O materialismo rejeita a noção de que a mente, a consciência, a alma etc., é algo separado da matéria. O pensamento é apenas o modo de existência do cérebro, o qual, como a própria vida, é somente matéria organizada de determinada forma. A mente é o que chamamos de soma total da atividade do cérebro e do sistema nervoso. Mas, dialeticamente, o todo é maior do que a soma das partes.
Esta visão materialista corresponde rigorosamente às conclusões da ciência, que está gradualmente descobrindo as funções do cérebro e revelando seus segredos.