marx
Conceito de origem marxista, as forças produtivas, também designadas por 'forças de produção', são constituídas pelosmeios de produção - capitais, terras, matérias-primas, ferramentas e equipamentos -, pelos métodos e técnicas deutilização e pelos trabalhadores. Em articulação com as relações de produção, constituem o modo de produção, tambémdesignado por 'base' ou 'infraestrutura' da formação económica e social.
Ao longo da História, as forças produtivas foram-se desenvolvendo. Neste seu desenvolvimento entraram, muitas vezes,em contradição com as relações de produção, o que originou processos revolucionários e o estabelecimento de um novomodo de produção (1968, Marx e Engels - Manifesto do Partido Comunista. São Paulo: Editora Escriba).
É no modo de produção capitalista que as forças produtivas adquirem o mais elevado grau de desenvolvimento, expressona utilização intensiva de capitais, matérias-primas e tecnologia. Para este cenário concorrem o saber acumulado pelasociedade e o carácter, simultaneamente intensificador e expansionista, do capitalismo.
Quer Poulantzas, quer Harnecker, coincidem na secundarização das forças de produção face às relações de produção.Enquanto Poulantzas (1976, Teoria das classes sociais. Porto: Publicações Escorpião) considera que não são astécnicas, mas sim as relações de produção, que detêm a primazia no processo de produção, Harnecker (1974, O capital:conceitos fundamentais. Lisboa: Iniciativas Editoriais) argumenta que, para além das forças de produção não deteremuma função relevante na estruturação do modo de produção, são secundárias, face às relações de produção, nadeterminação da superstrutura. relações de produção
Também designadas por relações sociais de produção, são constituídas pelo regime de propriedade dos meios deprodução - capitais, terras, ferramentas, máquinas, matérias-primas e tudo o que possa ser suscetível de ser usadopara fins produtivos -, formas de repartição dos produtos - meios