Marmores de estremoz
O Mármore de Estremoz é o nome dado ao mármore extraído do concelho de Estremoz, também em Borba e Vila Viçosa na região do Alentejo, em Portugal. É explorado desde a época em que a Península Ibérica foi incorporada no Império Romano para construções de escultura e monumentos. Hoje em dia, é muito utilizado no interior das nossas casas. A exportação do Mármore de Estremoz percorre o planeta atualmente, mas nos anos 2000 surgiu uma crise no setor, devido à competição com produtores mais baratos. Mesmo assim, continua a ser o maior promotor da atividade económica da região. Curiosidade: Um dos seus maiores clientes de sempre foi Saddam Hussein, que encomendava o mármore de Estremoz para construir os seus palácios e após a sua morte, a queda das vendas de mármores foi notável.
Enquadramento Geológico A região de Estremoz, Borba e Vila Viçosa, constitui o “Triângulo de Mármore” que é considerada a maior e principal jazida de rochas ornamentais em Portugal. Os mármores de Estremoz situam-se numa estrutura geológica que se dá pelo nome de anticlinal de Estremoz. Um anticlinal é uma estrutura geológica quase geometricamente simétrica, em que a convexidade se encontra voltada para cima e o núcleo é normalmente constituído por rochas mais antigas. O anticlinal de Estremoz é constituído por um núcleo pré-câmbrico em que se sobrepõe uma formação Dolomítica (de idade câmbrica inferior provavelmente) a que se segue o Complexo Vulcano-sedimentar-carbonatado de Estremoz, onde se encontram os mármores calcíticos explorados como rocha ornamental. Encontram-se também xistos e liditos com graptólitos por vezes. Os limites geológicos deste anticlinal correspondem a descontinuidades e estas correspondem a zonas de cisalhamento bem definidas, com deslocamentos horizontais e verticais superiores à extensão do afloramento exposto, podendo atingir centenas de metros segundo a horizontal e 30 metros segundo a vertical.
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