Marketing
Eis a antevisão da nova edição do livro Mercator, uma obra de referência para os profissionais de marketing em Portugal. Saiba o que é realmente essencial sobre o conceito e conheça os 12 casos de sucesso nacionais Por Jacques Lendrevie, Denis Lindon, Pedro Dionísio e Vicente Rodrigues
O que é o marketing? Os estudiosos desta disciplina tendem a definir o marketing com a preocupação de satisfazer as suas exigências intelectuais, utilizando termos incompreensíveis para a maioria dos leitores. A maior parte das definições começa pelo que o marketing não é (vendas, distribuição e comércio) para depois descrever de uma forma longa e subtil o que deveria ser. Não vamos cair nesse erro.
Numa primeira abordagem, podemos definir marketing como o conjunto dos meios de que dispõe uma empresa para vender os seus produtos e serviços. De acordo com a concepção tradicional, o marketing era uma actividade acessória para as empresas em relação à produção; o seu âmbito limitava-se à área de vendas, distribuição física e publicidade; e o seu campo de aplicação era apenas os bens de grande consumo. Na concepção moderna do marketing o seu papel é primordial na gestão de empresas; o âmbito de actuação engloba desde a concepção do produto até ao serviço pós-venda; e a sua área de intervenção é diversificada (inclui, por exemplo, o sector financeiro, os media e as organizações não lucrativas ).
A nova visão do marketing
Durante muito tempo o marketing confundiu-se com a actividade dos vendedores, a distribuição física dos produtos e a sua facturação. A estas funções juntava-se, por vezes, a publicidade cujo papel era apoiar o trabalho dos vendedores. Mas as empresas aperceberam-se de que não bastava procurar escoar uma mercadoria já vendida a preço fixo, era necessário começar por perceber se havia clientela. Melhor ainda, era preciso partir da análise das necessidades do mercado para decidir o que se ia produzir e a que preço. Para além