marketing
Tarcisio Campanholo1
Solon Bevilacqua2
Resumo
Este artigo tem como objetivo discutir os principais aspectos associados ao consumo do luxo, tido atualmente como exclusivo, profano, supérfluo e principalmente raro, para os mais abastados que o buscam para manter a distinção exclusiva entre as classes ou tentar manter a aparência tão valorizada em vidas de hiperconsumo. Nessa discussão prevalece a que trata o luxo como algo inacessível para muitos; caro em sua essência e carregado de tradição. Sob essa ótica o luxo é para poucos quando se desconsidera os produtos que se incorporaram no mercado de luxo dos produtos de semi prestígio ou de massa. As principais conclusões advém da distorção do conceito do que é o luxo, no momento oportuno de inclusões em que o forte apelo das campanhas de marketing influenciam os consumidores para a compra parcelada de produtos de restrito acesso.
Palavras-chave: Luxo. Modernidade Tardia. Valor.
INTRODUÇÃO
Ao longo dos últimos anos tem-se observado duas correntes divergentes quando o assunto é discutir a melhor definição para luxo. Existe a corrente dos que afirmam que luxo é acessível e que estaria ao alcance de todos os consumidores e aqueles que são enfáticos em afirmar que o luxo é para poucos, seguindo a corrente francesa de pensamento, com os autores
Lipovetsky (2002), Castarède (2005), Allérès (2000), Ferreux (2008) e Roux (2005). A corrente contrária geralmente empírica e composta pelo meio empresarial que se apresentam como estudiosos do luxo, trazendo dúbia interpretação do que realmente é o luxo. Alguns chegam a apresentar sensata dificuldade no modo que o caracterizam, dando-se a entender que o luxo, na pluralidade das vezes tornou-se caracterizado como algo acessível às classes emergentes, e consequentemente algo a ser em breve popularizado.
Existe um desmesurado apelo do “mundo” do marketing em torno disso, aos poucos introduzindo na mente do consumidor conceitos que são