marketing
Março / 2005, p.102.
RESISTÊNCIA AO “MARKETING” DE SAÚDE
Severino Francisco da Silva
A utilização do marketing na área de saúde deveria ser algo comum, pois o público e, principalmente, as pessoas responsáveis por essa atividade já deveriam entender que “marketing” não é apenas um conjunto de ferramentas e técnicas para produzir efeito sobre o mercado através da utilização de propaganda e publicidade, com o objetivo de induzir o consumidor ou lhe empurrar qualquer produto ou serviço e, muito menos, enganálo. Isso representa apenas aquela faceta conhecida como consumismo, considerado por Peter Druker, notório expoente da administração, como sendo a vergonha do “marketing”.
Não somente por princípio, mas também em função da própria caracterização do consumo dos serviços de saúde, essa parte do “marketing”, usada na promoção de algumas outras atividades, não se aplica a esses serviços, visto que, ninguém vai procurar um consultório médico ou um hospital a não ser que exista uma necessidade real. Jamais porque alguém tenha sido atingido pela “sedução” de uma propaganda ou publicidade bem elaborada e oportunista.
A restrição ao “marketing” na área de saúde não é decorrente apenas da presença de uma cultura tradicionalista no campo da Medicina, mas também em fatores como: falta de informação do público a respeito do verdadeiro papel do marketing; forma, ainda, não muito inteligente de como está sendo utilizado na área etc.
Tal resistência tenderá a desaparecer a partir do momento em que tanto os “especialistas” como o público em geral, passem a ver o marketing dentro da sua real concepção, tanto na essência como em termos de importância para o crescimento e desenvolvimento de cada organização e do setor de saúde como um todo.
Visto e entendido segundo a perspectiva de Philip Kother, destacado estudioso do assunto, o
“marketing” torna-se a atividade humana dirigida à satisfação das necessidades e desejos, através