marketing
Para expor o problema nos termos mais simples, o interesse do cliente continua a perder espaço na maneira com a qual a firma opera e na sua forma de pensar em ganhar dinheiro. [...]
Como chegamos a este ponto? A firma mudou sua maneira de encarar a liderança. A liderança costumava ser uma qualidade associada às ideias, aos bons exemplos e à decisão de fazer a coisa certa. Hoje, se a pessoa ganhar bastante dinheiro para a firma, será promovida para uma posição influente. [...]
Atualmente, a pergunta mais comum que recebo dos analistas recém-contratados sobre os derivativos é "Quanto dinheiro ganhamos com o cliente?" [...]
O Goldman Sachs de hoje parece valorizar demasiadamente os atalhos sem dar o devido valor às conquistas. Para mim, tornou-se difícil conviver com isso. Espero que isso possa funcionar como um chamado de despertar aos membros do conselho diretor. Façam do cliente o foco do negócio mais uma vez. Sem os clientes, vocês não ganharão dinheiro. Na verdade, nem mesmo existirão. Afastem os funcionários moralmente corruptos, independentemente da quantia que tragam para a firma. E acertem novamente o aspecto cultural da empresa, fazendo com que as pessoas queiram trabalhar nela pelos motivos certos. As pessoas que se preocupam apenas em ganhar dinheiro não vão sustentar a firma - nem a confiança de seus clientes - por muito mais tempo.
SMITH, Greg. Meus motivos para deixar o Goldman. The New York Times/O Estado de S. Paulo. Tradução de Augusto Calil, 13 de março de 2012. Disponível em: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,meus-motivos-para-deixar-o-goldman-,848665,0.htm. Acesso em: 11 de fevereiro de 2013.
Ao assumir a postura comercial denunciada por Greg Smith,