Marketing
16. Marketing
A Pré-História do Marketing
Apesar de encontrarmos suas raizes ao longo da história da humanidade, na própria gênese do comércio o Marketing é um campo de estudo absurdamente novo se comparado com os demais campos do saber. O estudo do mercado surgiu da necessidade dos industriais de administrar a nova realidade oriunda da Revolução Industrial. Neste estágio o marketing ainda é inseparável da economia e da administração clássica pois inicialmente sua preocupação era puramente de logística e produtividade para a maxização dos lucros. Os consumidores não tinham qualquer poder de barganha e a concorrência era praticamente inexistente.
Tal realidade manteve-se inalterada até fins da Segunda Guerra Mundial quando então, reagindo ao crescimento da concorrência, mercadólogos começaram a teorizar sobre como atrair e lidar com seus consumidores. Surgiu então a cultura de vender a qualquer preço. P.T. Barnum foi um ícone deste período cheio de truques que faziam da arte de vender quase num espetáculo de charlatanice e que faz com que até hoje os profissionais do mercado sejam vistos com desconfiança. Além disso as técnicas existentes eram demasiadamente amadoras, baseando-se mais na intuição do que na prática. Técnicas ingênuas, estavam misturadas a ferramentas eficientes, lenda e fato se misturavam e o mercado não dava muito ouvido a academia.
Década de 1950: O primeiro golpe contra esta cultura veio em 1954 pelas mãos de Peter Drucker ao lançar seu livro “A Prática da Administração”, não se tratava de propriamente um livro sobre Marketing, mas foi o primeiro registro escrito que cita o Marketing como uma força poderosa a ser considerada pelos administradores.
Década de 1960: O segundo golpe veio em 1960 por Theodore Levitt, mais tarde entitulado o Pai do Marketing, professor da Harvard Business School. Seu artigo da na revista Harvard Business Review entitulado "Miopia de Marketing", revelou uma série de erros de