marketing comercial
Objetivos
Perceber as características dos modelos industriais fordista e toyotista
Introdução
Maior montadora do planeta, a Toyota está em crise, obrigada a realizar sucessivos recalls devido a defeitos na fabricação de seus automóveis. Em que medida esses fracassos comprometem o modelo de organização da produção industrial conhecido como toyotismo, que se espalhou pelo mundo a partir dos anos 1970? Até que ponto o projeto de crescimento acelerado da montadora japonesa pode ser visto como uma recaída do fordismo - o método de organização produtiva dominante até a década de 1960? Use a reportagem como ponto de partida para examinar na sala de aula esses dois processos produtivos que caracterizaram a grande indústria do século 20.
Fordismo
O termo "fordismo" faz referência a Henry Ford (1863-1947), introdutor da linha de montagem na indústria automobilística. Nas fábricas da Ford Motor Company, fundada por ele, o automóvel a ser montado se deslocava por uma esteira rolante, enquanto os operários, dispostos junto à esteira, realizavam operações padronizadas. Característicos do fordismo, os gestos repetitivos na produção industrial correspondiam à sincronização de movimentos estudada pelo engenheiro James Taylor (1856-1915), que acelerava ao máximo a produção e obrigava o trabalhador a operar no ritmo febril das máquinas. Por essa razão, esse método de trabalho também costuma ser designado como fordista-taylorista. O filme Tempos modernos (EUA, 1936), dirigido e estrelado por Charles Chaplin, pode fornecer aos estudantes uma boa imagem desse processo produtivo.
Em termos de mercado, o fordismo assegurou uma enorme redução no preço dos automóveis. O famoso Modelo T, lançado em 1908, custava 850 dólares, bem menos que os carros das concorrentes, de fabricação artesanal. A produção crescente reduziu o preço para menos de 300 dólares em 1927. Com isso, o automóvel assumiu o status de bem de consumo de massa, que mantém até hoje.