Markenting
Antônio Último de Carvalho1 Elias Jorge Facury Filho1 Paulo Marcos Ferreira1
1. INTRODUÇÃO A acidose ruminal é uma alteração aguda ou crônica que segue a ingestão excessiva de carboidratos facilmente fermentáveis, sendo problema freqüente em ruminantes com dietas ricas em concentrados (Owens et al., 1997). Indica um distúrbio que se manifesta em graus variados, podendo ser aguda ou crônica (Stock e Britton, 1991). A acidose aguda (também conhecida como indigestão por ácido lático, indigestão tóxica) ocorre mais comumente em bovinos de corte mas outros bovinos são susceptíveis. A acidose ruminal subaguda (também conhecida como acidose ruminal subclínica, acidose latente crônica) ocorre quando a produção de ácidos graxos voláteis excede o mecanismo de tamponamento no rúmen. Vários valores de pH têm sido utilizados para definir acidose subclínica: 5,5(Hibbard et al., 1995; Reinhardt et al., 1997), 5,6 (Cooper et al., 1999) 5,8 (Beauchemin et al., 2001; Ghorbani et al., 2002; Koeing et al., 2002), 6,0 (Bauer et al., 1995). Em bovinos de corte deve ser considerada acidose subclínica quando o pH ruminal abaixa de 5,8 por mais de 12 horas dia. Essa situação resulta do consumo de grande quantidade de concentrado ou dietas com baixo teor de fibra efetiva (Nocek, 1997; Krause and Oetzel, 2006).
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Professores da Disciplina Clinica de Ruminantes da Escola de Veterinária da UFMG.
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O rúmen é um ambiente primariamente anaeróbico, com um pH variando entre 5,5 e 7,0, onde diversos microorganismos coexistem num balanço delicado, digerindo os carboidratos, proteínas e lipídeos ingeridos pelo animal (Niederman et al., 1990). Sua temperatura média é de 39°C , o potencial de redução varia entre 250 e 450mV, indicando um ambiente altamente redutor e a ausência de oxigênio. Normalmente é bem tamponado devido à presença dos ácidos graxos voláteis (AGV), produzidos pela fermentação, à capacidade tamponante de vários