maria

1. Introdução
O teste de chama ou prova da chama é um procedimento utilizado na Química para detectar a presença de alguns íons metálicos, baseado no espectro de emissão característico para cada elemento.¹
A realização deste teste só é possível graças a estudos propostos há vários anos. O primeiro deles foi o de Max Planck, que verificou, com numerosas experiências, que a matéria emite ou absorve uma radiação, a energia (E) é emitida ou absorvida em quantidades discretas iguais a hʋ; tem-se, assim, ∆E=h.ʋ, sendo ʋ a frequência da radiação considerada e h a constante universal de Planck (h = 6.5510-27 erg. sec). A constante h foi introduzida na Física por Planck, em 1900, em seus célebres trabalhos sobre a intensidade específica da radiação de origem térmica que existe no interior de um recinto isotérmico.
A partir das constatações de Planck, Niels Bohr aliou a teoria dos quantum ao estudo da estrutura dos átomos e de suas raias espectrais de emissão e de absorção. Assim, foi aplicada, pela primeira vez, a hipótese quântica para explicar a estrutura atômica com bastante fundamento que permitiu a Bohr explicar o motivo de os átomos excitados emitirem luz por meio de frequências. Entretanto, a teoria de Bohr estava parcialmente incorreta dando lugar, anos depois, à teoria quântica.
Conforme Mahan (1995) et al², o primeiro sucesso da teoria de Bohr foi na explicação dos espectros de emissão dos átomos. A emissão de luz era provocada por uma descarga elétrica através do gás a ser investigado. Alguns desses átomos podem adquirir um excesso de energia interna e emitir luz na região do visível, ultravioleta ou infravermelho.
Com isso, quando certa quantidade de energia é aplicada aos átomos de um elemento químico, os elétrons presentes na camada de valência absorvem energia transitando para um nível energético mais elevado, deixando-o assim num estado excitado. A energia absorvida é liberada em forma de radiação (fóton) quando os elétrons excitados dos elementos