Maremoto
O mais intenso sismo submarino conhecido (fenómeno popularmente chamado de maremoto) aconteceu em 24 de maio de 2013, a 609 quilómetros abaixo da superfície da Terra, na costa da Rússia, mas as suas causas permanecem um mistério para os cientistas.
A ocorrência do maremoto foi destaque de edição da revista Science divulgada na quinta-feira, 19 de maio de 2013. A publicação atribui ao fenómeno, ocorrido sob as águas do mar de Okhotsk, uma magnitude de 8,3 graus na escala Richter.
O choque entre placas que compõem a estrutura da Terra ter-se-á dado a uma velocidade de 14.400 quilómetros por hora e, mesmo com 600 quilómetros de rocha acima do ponto de choque, o tremor foi sentido em solo russo (contudo sem causar ferimentos a pessoas nem maiores transtornos).
Análise de dados sismológicos globais apontou aos cientistas que esse se tratou do maior maremoto já documentado, à frente de outro grande terremoto ocorrido na Bolívia, em 1994, que teve a mesma magnitude, mas que libertou menos energia.
Água versus tipo de rocha
Uma das hipóteses é de que substâncias como água ou dióxido de carbono líquido tenham adentrado por uma fenda aberta anteriormente nas placas, lubrificando-as e intensificando a velocidade com que elas se tocam, permitindo um deslizar mais veloz e propiciando, assim, esse grande atrito entre elas. Entretanto, pesquisadores acham difícil que um líquido consiga penetrar tão profundamente, chegando ao ponto em que se deu choque.
Outra possibilidade aventada por cientistas remete ao tipo de rocha encontrado nessa profundidade da Terra, a olivina. Esse material passa por uma transformação mineral devido à enorme pressão do ambiente e acabaria, portanto, permitindo o contacto de rochas com diferentes composições, sendo um gatilho para o maremoto.
Ambas as possibilidades vêm sendo estudadas, mas há argumentos contrários às duas. Por isso, pesquisadores envolvidos na investigação do maremoto afirmam que mais pesquisas