marco aurélio
Ao estudarmos mais a fundo a filosofia antiga, percebemos que ela não nasceu somente da necessidade de ruptura com a mitologia vigente, ela se desenvolveu inevitavelmente através de eventos histórico pelo qual o povo grego passou, dentre eles, a grande expedição de Alexandre Magno.
Como consequência, a Pólis deixa de existir e com isso a filosofia que tinha como resultado o cidadão reflexo da Pólis também extingue. Surge então uma necessidade de interiorização da filosofia e com isso diversas escolas filosóficas e filósofos ilustres. Dentre essas escolas filosóficas está o estoicismo, e, dentre os seus ilustres defensores, o imperador Marco Aurélio que por meio do livro Meditações expressa suas reflexões acerca principalmente da caducidade das coisas.
A passagem da era clássica para a era helenística
O oitavo capítulo do livro do Reale serve de panorama para o momento histórico pelo qual a Grécia passava. Dizem que Sócrates usava-se de exemplo para dizer como deveria se portar um cidadão grego e era esse o sentimento que imperava nos habitantes da Pólis, ou seja, o grego só se reconhecia cidadão por causa da Pólis.
Com as expedições de Alexandre Magno (334-323 a.C.) e as sucessivas conquistas territoriais a Pólis fica com seus dias contados e o cidadão grego perdendo sua identidade. Ele deixa então o ideal da Pólis para adotar o ideal cosmopolita, ideal esse pautado na aceitação de que o mundo inteiro é uma Pólis.
A filosofia também sobre mudanças drásticas com esses acontecimentos. Não sendo mais necessária para o antigo cidadão ela começa a buscar uma nova teorização para essa nova realidade que agora coloca o Estado e a política (assuntos totalmente importantes e relevantes para o grego e a filosofia) como assuntos a serem evitados. Esse é ponto onde a filosofia clássica passa a ser helenística.
É na era helenística que o cidadão grego passa a se identificar como indivíduo e essa identificação resulta na separação entre ética e