resenha do texto alguns termos e conceitos presentes no debate sobre o racismo no brasil
Inicialmente, Gomes esclarece identidade apoiando-se no antropólogo Kabengele Munanga que diz que escolhemos aspectos de nossa cultura para nos identificar e diferenciar de outros e que há a identidade que nós temos, ou seja, como nos enxergamos, e a que nos é atribuída, como a sociedade nos vê, nos define. A autora esclarece que a identidade está muito além da cultura, ela está envolta em questões sócio-políticas e históricas de cada sociedade. Podemos observar este fenômeno quando “um grupo reivindica uma maior visibilidade social face ao apagamento a que foi, historicamente submetido” (Novaes, 1993:25) apud Nilma Lino Gomes (2005).
Lino destaca que a identidade não surge de repente; constituímos nossa identidade de fragmentos, a identidade pessoal e social “é negociada durante a vida toda por meio dos diálogos, parcialmente externos, parcialmente internos com os outros”, ou seja, podemos dizer que a identidade passa por um processo de amadurecimento em sua formação, ela é moldada, se (re)constrói aos poucos, conforme o convívio, os meios sociais e influencias a que o sujeito vivencia.
Nilma Lino Gomes ressalta que com a identidade negra não é diferente, mas esta identidade social deve ser vista em seu sentido político como uma “tomada de consciência de um segmento étnico-racial excluído da participação na sociedade, para qual contribuiu economicamente, com trabalho gratuito como escravo, e também culturalmente, em todos os tempos na história do Brasil” (Munanga, 1994:187) apud Nilma Lino Gomes (2005).
A Autora também esclarece acerca do termo raça. Gomes explica que o uso deste termo ainda é um tabu na sociedade pois, a palavra “raça”