MARCHA DAS VADIAS
Segundo dados da ONU, aproximadamente uma em cada cinco mulheres será vítima de estupro ou tentativa de estupro no decorrer da vida.
O número de assédios sexuais está ligado à cultura machista e patriarcal que promove o pensamento da mulher como alguém inferior – além de fomentar ideias como a não liberdade sexual ou a criminalização do aborto.
O movimento feminista tem o papel de desconstrução do comportamento sexista, com o objetivo de uma vivência mais igualitária.
Apesar de ter raízes no século XIX, o feminismo teve seu ápice nas décadas de 1960 e 70, e agora retorna com movimentos por todo o mundo, tendo a “Marcha das Vadias” como um deles.
“Se ser livre é ser vadia, então eu sou vadia” – uma fala impactante, e que carrega um grito por liberdade e igualdade.
A declaração é uma resposta: em janeiro de 2011, na Universidade de Toronto, Canadá, o policial Michael Sanguinetti, ao falar sobre abusos sexuais, comentou: “As mulheres deviam evitar se vestir como vadias, para não serem vítimas”.
O argumento de Sanguinetti teve repercussão mundial e como reação surgiu a “Marcha das Vadias”. O movimento se espalhou no mundo e por todo o Brasil.
Não há líder, partido e nem um centro organizacional. As reuniões são feitas regularmente em locais diversos: a sala de uma faculdade, uma praça ou, até mesmo, um bar.
São designadas comissões – segurança, comunicação etc. Há divisão de tarefas sem hierarquização de poder.
É um movimento aberto – abarca pessoas de todas as cores, sexualidades e gêneros. Qualquer um pode participar da organização e da marcha em si; o contato é feito através de página online.
Atualmente, luta-se pela laicidade do estado, regulamentação da prostituição, legalização do aborto, descriminalização de gênero e por mais liberdade sexual do indivíduo, sobretudo da mulher que é moralmente julgada quando exerce sua sexualidade