Maracatu
Com o surgimento do Ceará como unidade administrativa em , com 14 municípios, após separação de Pernambuco, visibiliza-se a existência de inúmeras comunidades negras e quilombolas urbanas e rurais espalhadas por todo o território cearense. Bernardo Manuel de Vasconcelos foi nomeado o primeiro governador pelo início da urbanização de Fortaleza. No município mais antigo, , fundado em , existia as comunidades quilombolas de Goiabeiras, Lagoa do Ramo, Catolé dos Pereira, Pereiral e Cinzenta. Em Tauá, Tururu, Crateus, Itapipoca, Tamboril, Umari, Parambu, Iracema e outros, é notado a grande presença negra nessas vilas.
Com a Independência do Brasil as províncias foram organizadas em e nesse ano o território já estava dividido em mais quatro cidades. Durante todo o período imperial do Brasil foram criadas mais 44 cidades desmembrando-se vilas das já então existentes. Em pouco mais de um século o estado do Ceará passou de 62 para 184 cidades que a partir da constituição de 1988 passaram a serem unidades constitutivas da união em patamar igual aos estados.
O dividiu o território cearense em sete e estas em 33 constituindo-se basicamente em divisões estatísticas. O Governo do Ceará dividiu o estado em oito macrorregiões de desenvolvimento e em 20 regiões administrativas.
O sistema cria a ideologia da invisibilidade após abolição dos negros escravizados no Ceará, que é uma ideologia de propagar que no Ceará não havia negros, empregado pela elite do estado e fazendo com que as comunidades negras, ou agrupamentos, ou territórios afros, desapareçam das estatísticas do governo cearense como um passe de mágica, resurgindo nos anos 80 com a resistência do movimento social negro cearense. A origem do maracatu cearense se desenvolve nesse período, o qual iremos contextualizar mais adiante nessas reflexões. O Maracatu cearense foi uma ferramenta de resistência cultural para o momento lincada com outras realidades