Maracatu
No Recife a denominação maracatu servia para denominar um ajuntamento de negros. Os cortejos das nações em homenagem aos Reis do Congo passaram a acontecer no carnaval, e eram chamados de maracatus quando era dada uma conotação pejorativa.
São figuras do maracatu nação rei, rainha, dama-de-honra da rainha, dama-de-honra do rei, príncipe, princesa, dama-de-honra do ministro, ministro, dama-de-honra do embaixador, embaixador, duque, duquesa, conde, condessa, quatro vassalos, quatro vassalas, três calungas (Dom Luiz, Dona Leopoldina, Dona Emília), três damas-do-paço (responsáveis pelas calungas durante o desfile), porta-estandarte, escravo, figuras do tigre e do elefante, guarda coroa, corneteiro, baliza, secretário, lanceiros (treze meninos), brasabundo, batuqueiros (quinze músicos), vinte caboclos, vinte baianas.
A orquestra de um maracatu nação, também chamado de baque virado, é formada tão somente por instrumentos de percussão.
Já o maracatu de baque solto, segundo a maioria dos pesquisadores, é uma manifestação que une a cultura afro com a indígena. Trata-se de uma manifestação do sobrenatural, em que entidades protetoras são invocadas, em rituais de Umbanda, para que propiciem aos brincantes do Maracatu sucesso nas suas andanças. Assim, a boneca é calçada, isto é, consagrada, batizada com rezas e defumadores e caboclos desfilam atuados, portanto, protegidos pela magia dos cultos à jurema ou semelhantes.
A apresentação se dá num clima de muita agitação, o que parece crescer com as evoluções efetuadas pelos caboclos de lança. Os primeiros a aparecerem na cena do desfile são as figuras