maracatu
Os maracatus mais antigos do Carnaval do Recife, também conhecidos como Maracatu de Baque Virado (Maracatu Nação), nasceram da tradição do Rei do Congo. A notícia mais remota conhecida sobre a instituição do Rei do Congo, em Pernambuco, data de 1711, em Olinda, e fala de uma instituição que compreendia um setor administrativo e outra, festivo, com teatro, música e dança. A parte falada foi sendo eliminada lentamente, resultando em música e dança próprias para homenagear a coroação do rei Congo.
Parece que a palavra "maracatu" primeiro designou um instrumento de percussão e, só depois, a dança realizada ao som desse instrumento. Os cronistas portugueses chamavam aos "infiéis" de "nação", nome que acabou sendo assumido pelo colonizado. Os próprios negros passaram a autodenominar de "nações" seus agrupamentos tribais e seus antepassados: nos seus estandartes, escrevem CCMM (Clube Carnavalesco Misto Maracatu).
Mário de Andrade, no capítulo Maracatu de seu livro "Danças Dramáticas do Brasil II", elenca diversas possibilidades de origem da palavra "maracatu", entre elas uma provável origem americana: maracá = "instrumento ameríndio de percussão"; catu = "bom, bonito" em tupi; marã = guerra, confusão; marãcàtú e, depois, maràcàtú, valendo como "guerra bonita", isto é, reunindo o sentido festivo e o sentido guerreiro no mesmo termo. Mário de Andrade, no mesmo texto, deixa claro que enumerava os vários significados da palavra "sem a mínima pretensão a ter resolvido o problema. Simples divagação etimológica pros sabedores... divagarem mais."
No entanto, sua origem e história não é certa, pois alguns