Maracatu Rural
Em Pernambuco há dois tipos de manifestações culturais conhecidas como “maracatu”: O Maracatu Nação “maracatu baque virado”) e o maracatu rural (conhecido como “maracatu de baque solto”).
O maracatu nação teve sua origem das festas de coroação dos Reis do Congo, uma coroação ligada à Xangô e toda a sua religiosidade. Como base a características marcantes de manifestações populares africanas. O Maracatu Nação se tornou sinônimo de cultura popular nacional. O maracatu rural Teve seu surgimento na zona da mata de Pernambuco e é baseado no sincretismo de vários eventos ocorridos em território pernambucano, chamados de de folguedos: Folia de Reis , Cavalo-Marinho , Pastoril e Baianas, Caboclinhos; São exemplos.
Precisamente criados dentro das usinas de cana-de-açúcar e engenhos onde os trabalhadores tinha seus momentos de diversão. Com os senhores de engenho gerando um clima de autoritarismo esse ambiente trazia consigo uma carga ‘pesada’ sobre os escravos, o que naturalmente leva a se acreditar que o maracatu rural surgiu como uma forma de contestação de seus praticantes, onde eles poderiam expor toda a sua revolta por meio de coreografias. Alguns pesquisadores acreditam que o surgimento dessa manifestação se deve à junção das brincadeiras interioranas com as brincadeiras da capital Recife após a grande migração de pessoas para as capitais no período pós-guerra.
Enquanto o Maracatu Nação está intimamente voltado para a religiosidade africana relacionando - se com os orixás, o Maracatu Rural se criou nas raízes indígenas e africanas. Tratando-se de uma mescla indígena, cabocla e negra. Um caldeirão desses elementos.
Na maioria dos maracatus, lê-se o nome, a cidade em que foi fundado e a data em que foi fundado o maracatu, assim é a tradição, no baque solto.
Se tratando especificamente do denominado “Leão de Ouro”, trata-se de um maracatu considerado pobre. Seus integrantes trabalham, em sua maioria em usinas e engenhos e sustentam seu