maquinas para silagem
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MÁQUINAS PARA A COLHEITA E
CONSERVAÇÃO DE FORRAGENS
Walter Boller
Introdução
A conservação de forragens pode ser comparada a uma poupança, uma vez que permite estocar os excessos de alimento produzido em épocas que a produção excede a demanda, para utilizá-los em períodos de escassez. Outro aspecto que caracteriza a conservação de forragens diz respeito à colheita de plantas com valor nutritivo elevado e com níveis de produtividade por unidade de área que compensem os investimentos em equipamentos, em épocas definidas do ano, conservando-as de modo a poder oferecê-las aos animais durante o ano todo ou em períodos de escassez.
Para conservar forragens, são utilizados basicamente dois processos, conhecidos como fenação e ensilagem. A primeira modalidade consiste no corte das plantas, redução do teor
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de água até aproximadamente 15 a 20 %, recolhimento e prensagem do material, originando fardos, com vistas a reduzir o volume ocupado durante o armazenamento e facilitar o manuseio. A ensilagem, por sua vez, consiste na conservação de forragens via fermentação anaeróbia, o que é obtido por meio do corte e da fragmentação da massa vegetal e da sua compactação no interior de silos, de modo a expulsar o máximo de oxigênio. Existem duas modalidades principais para produção de silagem: a) corte direto ou colheita direta, onde as plantas são cortadas e processadas no momento em que apresentam o maior acúmulo de nutrientes por unidade de área cultivada, o que também coincide com o teor de água adequado para facilitar o processo de ensilagem (ex.: milho) e b) corte indireto ou colheita indireta, adotado quando, no momento de maior acúmulo de nutrientes as plantas forrageiras ainda contém excesso de água para serem ensiladas. Neste caso, procede-se o corte no momento em que é possível obter a maior quantidade de nutrientes por unidade de área e submete-se o material á perda de água no campo, para posteriormente, recolher o material e fragmentá-lo de modo a