Mapa da fome
A história é temporal, o narrador é o própio escritor, que narra todas as situações de forma como se fosse para ser ouvido e não lido. A obra não é dividida em capítulos, mas há espaços maiores entre os trechos que subentendesse essa divisão. Uma coisa curiosa é que Mário de Andrade escreve a palavra fim, mas continua com a história, mostrando a vida dos protagonistas depois do fim do idílio entre os dois; outra coisa é que é o própio autor que classifica o romance como idílio, que significa pequena poesia campestre ou amor poético e suave.
O romance conta a história da iniciação sexual do protagonista Carlos Alberto, filho de Felisberto Souza Costa e D. Laura. Felisberto preocupado em prepará-lo para todas as situações da vida e sendo o único herdeiro homem da família, contrata uma profissional para esta função, chamada Elza e conhecida como Fräulein, palavra alemã, que significa senhora ou professora. O grande medo de Felisberto S. Costa era que o seu filho tivesse a iniciação sexual em um prostibulo podendo ser explorado pelas prostitutas ou até se tornar viciado por influencia delas. Fräulein entra no lar burguês de Higienópolis para ser governanta e ensinar alemão aos quatro filhos do casal. Sendo maquiada de forma hipócrita toda essa situação no lar burguês. Pode-se afirmar que a intenção do chefe de família foi disposta ao fracasso, pois Carlos não era virgen. Ele havia tido sua primeira experiência sexual no Ipiranga, em meio a farra de seus amigos, com uma prostituta. Mas fora um ato mecânico, seco, pressionado pelos amigos.
Fräulein quer ensinar o amor em sua forma tranquila, sem descontroles, sem paixões. Por mais que Elza se