Manzoni e a religi o

O amor e o medo de D. Abbondio em I promessi sposi Dalila Mayara Barbosa

Alessandro Manzoni, nascido na cidade de Milão em 1785, era neto de um dos mais celebres representantes do Iluminismo, o autor do Tratado dos Delitos e das Penas, Beccaria. Desde muito novo foi educado em um colégio religioso com educação tradicional, onde criou aversão pela religião, no entanto, aos dezesseis anos seus ideais eram racionalistas e libertários. Durante um tempo desfrutou a vida em meio a jogos e aventuras amorosas. Alem disso, escreveu obras como o poema "O Triunfo da liberdade".
Em 1805, Manzoni muda-se para Paris para morar com a mãe. Contagiado pelo racionalismo do ambiente e sob influência de sua esposa Henriette Blondel, logo ele retorna a fé católica. Sua conversão influenciou em sua orientação literária- do estilo clássico, cujo ultimo poema foi "Urânia", para hinos eclesiásticos. Após a conversão, Manzoni rejeitou sua atividade literária anterior, como se, com isso, ressaltasse o compromisso cristão radical em sua poesia renovada.
Quando voltou para Itália, se dedicou aos estudos, à escrita e às práticas religiosas intensas. Nessa época iniciava o movimento romântico, assim como a movimento de libertação política da Itália, o que leva o poeta para o idealismo patriótico. Manzoni não militou em nenhuma causa, no entanto, expressou-se em sua arte; as produções desse período refletem os acontecimentos sociais que eclodiam. Num curto período de tempo, foram as produzidas obras Il conte di Carmagnola, Adelchi, , dois primeiros rascunhos de I promessi sposi, traduzido para o português como Os Noivos, (inicialmente intitulado Fermo e Lúcia), Osservazioni sulla morale cattolica, que, segundo Pazzaglia,

L'opera, che rivela la tendenza del Manzoni di conciliare i principi cristiani con le istanze più valide del pensiero contemporaneo, lascia da parte le dissertazioni teologiche per insistere sul carattere morale e umanitario della legge cristiana. La fede vi è vista come