Manutenção de Adutoras
O rompimento de uma adutora em Campo Grande (Figura 1.), no Rio de Janeiro, em julho de 2013, evidenciou os estragos que tubulações com grande vazão e alta pressão podem provocar. O incidente levou uma criança, de 3 anos, à morte e deixou 17 famílias desabrigadas. Mas o caso não é isolado, ocorrências similares já aconteceram em outros locais do país, e deixa clara a necessidade de fiscalização permanente, que começa no projeto, segue durante a obra e passa por vistorias periódicas das estruturas durante toda a sua vida útil.
Embora todo grande vazamento seja precedido de um aviso, a percepção desse sinal na estrutura enterrada nem sempre é visível. É preciso uma investigação minuciosa para descobrir a causa do problema. Isso significa ter uma equipe mínima de operação para poder correr a linha verificando todos os pontos periodicamente.
A origem de problemas em um sistema de adução pode estar relacionada à forma como o sistema foi implantado. Por isso, é muito importante uma fiscalização próxima de cada uma das etapas da obra. A NBR 12.215 - Projeto de Adutora de Água para Abastecimento Público traz todas as especificações e testes necessários.
1.1. Cuidados
Os motivos que levam a danos em adutoras são diversos e dependem da função operacional de cada estrutura, a que tipo de serviço se destina, qual é seu porte e de que material foi fabricada. Alguns motivos estão citados abaixo.
- Projeto inadequado;
- Falta de análise das condições hidráulicas para o atendimento das necessidades do volume de água transportado;
- Sobrecarga dos esforços dinâmicos das tubulações sob a superfície, que podem ocorrer por movimentações de solo, tráfego intenso sobre a tubulação, entre outros aspectos;
- Idade avançada das tubulações;
- Corrosão interna e externa, em adutoras metálicas;
- Variação de pressões decorrentes de mudanças bruscas do sistema;
- Interferência entre obras, instalações e danos provocados por terceiros