RFID
Prof. André Paulo Tschiptschin – EPUSP – Engenharia Metalúrgica e de Materiais
TRATAMENTO TÉRMICO pode ser definido como o aquecimento ou resfriamento controlado dos metais feito com a finalidade de alterar suas propriedades físicas e mecânicas, sem alterar a forma do produto final.
Uma mola espiral, por exemplo, necessita ser tratada termicamente para ser utilizada no sistema de suspensão de um veículo automotor. Ao ser comprimida, na passagem do veículo por uma lombada, a mola acumula energia amortecendo o movimento da roda. Após a passagem pela lombada a mola se estende devolvendo a energia acumulada e fazendo a roda do veículo retornar à sua posição inicial. O tratamento térmico permite que a mola sofra deformação elástica sem perder sua forma e a geometria original. Para resistir a esses esforços é preciso que a mola tenha dureza elevada, elasticidade e resistência mecânica para não sofrer deformação plástica permanente.
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Nem sempre os tratamentos térmicos são intencionais. Algumas vezes, peças metálicas sofrem tratamentos térmicos, durante o processo de fabricação, passando por ciclos de aquecimento ou resfriamento, que podem alterar suas propriedades de forma prejudicial. Como exemplo podemos citar a operação de soldagem de estruturas de aço, que ao serem aquecidas até temperaturas elevadas podem sofrer têmpera e fragilização, na zona termicamente afetada (ZTA) comprometendo a tenacidade da estrutura como um todo.
ZTA
Da mesma maneira, operações de conformação plástica a frio podem introduzir tensões indesejadas, no interior do material e esgotar sua capacidade de sofrer deformação plástica adicional, tornando-os frágeis.
Os tratamentos térmicos são freqüentemente associados com o aumento da resistência do material. Entretanto, podem ser utilizados para alterar características de fabricabilidade, como usinabilidade, estampabilidade ou