Manual

| CAPÍTULO I - INTRODUÇÃO |

O PAPEL DO REGISTRO PARA A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO

As sociedades humanas, desde a arte pictórica das cavernas até a era da informática, passaram por uma série de transformações nas suas formas de registro do conhecimento.

Os incas contavam com um engenhoso meio de registro, substituto da escrita, o quipo, invenção única em seu gênero, adaptada às suas necessidades. Consistia de um conjunto de cordéis com nós de algodão ou de lá, de várias cores, às vezes comportando centenas de cordões de comprimentos diferentes. Eles codificavam todos os dados estatísticos que pudessem ser necessários à administração, desde o total de homens disponíveis em determinado mês, até a quantidade de milho estocada em cada armazém do Estado.
Os incas davam tal importância à conservação e à interpretação dos quipos, que um erro ou uma omissão seriam castigados com a morte.

O império asteca se localizava no atual México. Os astecas, guerreiros por excelência, estavam quase sempre em guerra com algum Estado vizinho.

O objetivo da ação militar era obrigar as nações a aceitar a hegemonia asteca e pagar o tributo.

Esses tributos exigidos eram registrados em longas tiras de pele ou papel, feitas de pergaminho ou folhas feitas de córtex de árvore. Eram utilizados códices astecas, que são imagens de cerimônias complexas, acompanhadas de anotações em forma de símbolos chamados glifos.

Os Maias desenvolveram os hieróglifos, que mais parecem obras de arte em miniatura, encerradas em pequenos quadrados.
Na verdade, são unidades de escrita extremamente elaboradas, um dos cinco sistemas independentes que se conhece para transcrever a linguagem falada. Esses hieróglifos eram utilizados como meio de registros. Percebeu-se que em cada cidade havia um registro que catalogavas datas, acontecimentos e tributos que eram adquiridos através de