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A Agricultura Biodinâmica como Órgão da Antroposofia
A palavra Antroposofia vem da língua grega e significa textualmente
“Sabedoria do Homem”. Rudolf Steiner usou este nome para designar sua obra de vida. Ele a caracteriza como um caminho que quer unir o Espírito do Homem com o
Espírito do Cosmo. Podemos perguntar: que espíritos são estes? Ou será que existe espírito que nem posso ver nem pegar?
Uma conceituação exata do que é espírito está dada nos escritos epistemológicos de Steiner. Entende-se por espírito algo que se autoproduz e se mantém por si próprio. Algo assim nos é dado no pensar. O pensar só é experiência ou vivência quando ativamente exercitado. Entretanto, diferencia-se dos outros dados da experiência por estabelecer conexões entre os dados evidentes aos sentidos comuns que, quando são mantidos na pura experiência, só aparecem como fatos isolados. As ligações, as conexões e as dependências recíprocas são universais e se autoproduzem como idéia do existir e se automantém mutuamente, portanto são o espírito do cosmos.
O pensar não somente se autoproduz, mas produz também o seu portador, o Eu.
Este processo no ser humano é seu Germe espiritual e no cosmo o Espírito universal, o Eu do Universo. A espiritualidade em mim, eu não posso ver. Quando me olho no espelho, eu vejo refletido o meu feitio, minha feição ou a “Gestalt”, como se diz, mas nada daquilo que eu tenho dentro de mim, minhas ansiedades, esperanças, minhas faculdades, enfim tudo aquilo que julgo e vivencio como sendo eu mesmo. Quando eu me encontro em frente de um outro ser humano, também só vejo sua “Gestalt”. Mas através do seu comportamento e principalmente pela conversa, eu posso trocar representações e até conceitos com ele e eu noto que tudo aquilo que está somente dentro de mim, mas que eu não posso ver fora de mim, deve existir de forma parecida dentro do outro. E aí nascem as amizades.
Contudo, na minha volta não estão somente seres humanos. Na Natureza