Manual
Serviços especiais de cozinha/pastelaria
Modulo 7 - Confecção de Sopas
A importância da sopa
O hábito alimentar de comer sopa está bastante enraizado nas culturas dos povos do sul da Europa desde o período Neolítico. Pensa-se que o início da técnica de cozedura de alimentos em água tenha tido início há cerca de cinco mil anos, aquando da invenção de recipientes à prova de calor, proporcionando vantagens perante a cozedura em ar quente por cima de fogueira comummente usada pelos nossos antepassados.
A densidade da água permite-lhe penetrar nos alimentos fácil e rapidamente, o que lhes confere consistência e possibilita temperaturas mais baixas do que a fritura, o assado e o grelhado. Além disso, a cozedura permitiu que se utilizassem partes dos alimentos outrora desperdiçados pela sua dureza, acidez e outras características que os tornavam incomestíveis. Ao mesmo tempo, cozinhar alimentos conjuntamente não só fez o paladar despertar para novos sabores (por exemplo, a libertação de amido pelos cereais) como também se criaram combinações de alimentos cujo paladar é sempre novo e único.
A palavra “sopa” tem a sua origem na palavra teutónica suppa, que se refere a um prato medieval (sop) de um estufado espesso que se colocava em fatias de pão.
Após a queda do Império Romano, a sopa sobreviveu ao Império Bizantino e também à sua queda para os Turcos Otomanos em 1454 que não limitavam o seu consumo e a elaboravam com abundantes legumes. Nesta altura, as sopas originárias da Ásia Central começaram a aparecer no repertório culinário da nobreza europeia, mas os menos abastados consumiam apenas os cereais que produziam cozidos e em malgas. O chamado caldo era servido à mesa geralmente em tigelas partilhadas por mais do que uma pessoa e sorvido directamente. Pensa-se que inicialmente serviria como molho e para manter a comida quente, sendo os sólidos comidos à parte ou por vezes cortados em pedaços pequenos e