Manual de prótese e órtese
1. Introdução
Podemos definir amputação como sendo a retirada, normalmente cirúrgica, total ou parcial de um membro. Geralmente é temida por todos, pois traz a imagem de mutilação, incapacidade, impossibilidade de trabalhar e de exercer suas atividades de vida diária.
Atualmente a maioria das amputações é realizada por doença vascular periférica: arteriosclerose, combinada ou não com diabetes, ou algum outro tipo de patologia vascular. Os idosos são os principais pacientes em razão da incidência de doenças vasculares e diabetes nesta faixa etária. O trauma, quando há uma perda irreparável do aporte sanguíneo de um membro, é indicação absoluta de amputação; tendo sua maior incidência em membros inferiores, sobretudo de homens, com menos de 50 anos.
Algumas vezes a amputação é necessária para salvar a vida do paciente, quando a infecção em um membro, pro exemplo, é incontrolável ou como tratamento de tumores malignos. Ocasionalmente a amputação está indicada para remoção de parte, ou de todo um membro congenitamente anormal, para a melhoria de seu funcionamento com ou sem uma prótese.
A amputação deve se dar através de tecidos que cicatrizarão satisfatoriamente e em um nível que removerá a parte doente ou anormal. A regra fundamental é a preservação do máximo comprimento compatível com o bom julgamento cirúrgico.
Principais indicações para amputações:
Doenças vasculares periféricas.
Trauma
Infecções
Tumores.
Anomalias congênitas.
Queimaduras ou congelamentos
2. Níveis de amputação:
Quanto mais distal o nível de amputação, maior o comprometimento vascular, sugerindo na maioria das vezes o diagnóstico de diabetes.
Aproximadamente 85% das amputações ocorrem em membro inferior, por este motivo serão as primeiras descritas. Principais tipos de amputação para membro inferior
Parcial de dedos e pé - Falangectomia – amputação de um dedo, de uma ou mais falanges de um dedo.
Desarticulação do nível da articulação