Mídia, manipulação e política estão diretamente ligados, caminham juntos. Entrelaçando então esses conceitos podemos perceber que a manipulação midiática é algo que se torna cada vez mais presente em nosso dia a dia. Há quem acredite que os jornalistas, repórteres e os mais variados meios de comunicação fazem, nada mais nada menos, que exercer o papel deles de informar o povo. Porém, muitos defendem (e com total razão) que tudo aquilo que é veiculado por esses meios está acoplado a interesses e ideologias particulares. A imprensa, seja aqui no Brasil ou em qualquer outro canto do mundo, sempre esteve fortemente atrelada aos interesses privados de uma classe dominante e com poder de persuasão. Os meios de comunicação de massa, tendo tanto poder como tem atualmente, acabam fazendo uso de macetes discursivos e políticos para manipular o povo. Esses veículos de “informação” são grandes formadores de opiniões que vem estabelecendo cada vez mais um processo de alienação da sociedade. O escritor e filósofo italiano Umberto Eco (1932), trata muito bem dessa questão. Em sua obra “Apocalípticos e Integrados”, o autor reflete a respeito da comunicação contemporânea e analisa, principalmente, os dois lados da moeda, ou seja, a opinião de quem condena ou absolve esses grandes meios de comunicação de massa. De acordo com Eco, os apocalípticos são aqueles que desaprovam a mídia como um todo. Segundo eles, os veículos de comunicação estariam estimulando uma cultura homogênea e padronizando a opinião das pessoas. Não obstante, o autor ressalta que essa grande mídia está promovendo o lazer e o entretenimento, enquanto desestimula o público a pensar e refletir sobre questões ligadas à política e o meio em que vivem. Nesse sentido, Eco aponta para uma despolitização do povo e um jornalismo cada vez mais deflagrado. Além disso, ele reforça que esses meios de comunicação são usados para fins de controle e manutenção de uma sociedade capitalista.
É incrível como é fácil manipular certos