Manifesto Comunista
O Manifesto tem uma estrutura simples: uma breve introdução, três capítulos e uma rápida conclusão.
Já na introdução os autores defendem que o avanço das idéias comunistas entre os países europeus constituía uma séria ameaça ao modo de dominação burguesa. Decorrem-se daí duas conclusões: “O comunismo já é reconhecido como força” e “ É tempo de os comunistas exporem, à face do mundo inteiro, seu modo de ver, seus fins e suas tendências”.
Em “Burgueses e Proletários”, primeira parte da obra, os autores retomam historicamente as classes existentes na Roma Antiga e na Idade Média para criar um paralelo com o momento vigente onde afirmam que a sociedade se divide cada vez mais em duas grandes classes diametralmente opostas: a burguesia e o proletariado.
A burguesia assume para si um “papel revolucionário” à medida que o antigo sistema produção feudal cede lugar às exigências da indústria moderna. Ela “fez da dignidade pessoal um simples valor de troca e em nome das numerosas liberdades conquistadas estabeleceu a implacável liberdade de comércio.” Nesse contexto, “todos são instrumentos de trabalho, cujo preço varia segundo a idade e o sexo.”
Diante deste quadro de transição dos modos de produção “O aprimoramento contínuo e o rápido desenvolvimento das máquinas tornam a condição de vida do trabalhador cada vez mais precária”, contudo este crescimento da indústria é acompanhado de um desenvolvimento dos meios de comunicação colocando em o contato operários de localidades diferentes. Estes, por sua vez, “concentram-se em massas cada vez maiores, fortalecem-se e tomam consciência disso.” Este é o cenário estabelecido para