Manifesto Comunista Desde os primeiros tempos da História a sociedade existiu através da luta de classes sociais, ou seja, entre burgueses e proletários, que quase por toda parte completa uma divisão da sociedade em classes distintas, uma escala graduada de condições sociais que reina até os dias de hoje. Desde a época do feudalismo, a sociedade divide-se em dois campos antagônicos: a burguesia e o proletariado. Os burgueses se fortificaram com o desenvolvimento do comércio, que desde então vem a fortificar seu poder, tanto financeiro quanto político. A industrialização também vem a privilegiar o burguês, pois a burguesia só pode existir com a condição de revolucionar incessantemente os instrumentos de produção, por conseguinte, as relações de produção e, com isso, todas as relações sociais. Com o estabelecimento da indústria moderna e do mercado mundial, a burguesia conquistou autoridade política exclusiva no Estado representativo moderno. Um dos principais fatores que levam a burguesia a um acúmulo de capital são os baixos preços de seus produtos. A sociedade rural da vida feudal perdeu sua importância, a burguesia subjugou o país ás leis das cidades. A população urbana aumentou grandemente. Do mesmo modo, os países bárbaros tornaram-se dependentes dos países civilizados. Com o desenvolvimento da burguesia (capital), desenvolve-se também o proletariado, a classe dos operários modernos, que só podem viver se encontrarem trabalho e que só o encontram na medida em que este aumenta o capital. Esses operários, constrangidos a vender-se diariamente, são mercadoria, artigo de comércio como qualquer outro. O crescente emprego de máquinas e a divisão do trabalho, despojando o trabalho do operário de seu caráter autônomo, tiraram-lhe todo atrativo. O produtor passa a um simples apêndice da máquina e só se requer dele a operação mais simples. A organização do proletariado em classe e, portanto, em partido político, é incessantemente destruída