Manifestações
Pequenas Antilhas, principalmente na Ilha de São Vicente. Deportados pelos ingleses em grande quantidade para a América Central, os garífunas iniciam, em 1797, o povoamento das costas caribenhas de quatro países (Honduras, Belize, Guatemala e Nicarágua). Atualmente, devido a um processo migratório constante iniciado em meados do século XX, boa parte de sua população vive nos Estados Unidos.
As estatísticas demográficas sobre a população garífuna na América Central e nos
Estados Unidos apresentam oscilações importantes. Segundo o Relatório de Desenvolvimento
Humano das Nações Unidas para a América Central, em 2003 haveria 200 mil garífunas em Honduras, 15 mil em Belize, 5 mil na Guatemala, e 2 mil na Nicarágua, totalizando aproximadamente 222 mil pessoas nos quatro países. Não há estatísticas precisas sobre a população garífuna residente nos Estados Unidos, mas diferentes fontes2 mencionam uma quantidade igual ou superior à dos garífunas que habitam a América Central, o que totalizaria uma população de cerca de 400 mil indivíduos3
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O deslocamento garífuna foi sempre acompanhado de uma rica, complexa e, às vezes, contraditória circulação de símbolos etnorraciais. Estes se fazem presentes desde a chegada forçada de seus ancestrais africanos às ilhas do Caribe, em seu processo de miscigenação afroindígena e no povoamento das Pequenas Antilhas. A dinâmica construção identitária continua se manifestando em sua passagem para a América Central como caribes negros, na transnacionalidade de sua territorialização e em sua presença mais recente nos Estados Unidos. A multiplicidade de representações e autorrepresentações sobre o que é ser garífuna continuou existindo até sua afirmação atual como