Ode ao Melo(drama)

Ode ao Melo(drama)

Sempre que se fala do Melodrama é posto algo exagerado e, de certa forma, ridículo. Mas não creio que seja apenas isso, por mais que eu não discorde 100% do que dizem. Digamos que eu concorde com o fato de ele ser mesmo um tanto quanto exagerado, mas de forma alguma concordo com o fato de ele ser ridículo. Penso que nenhuma forma de arte possa ser ridícula, pois cada uma delas tem seus propósitos e seu embasamento. Vejamos: o melodrama teve, de fato, sua ascensão no século XVIII e ainda sim deixa sua marca em pleno século XXI. Se ele fosse tão “ridículo” seria instantaneamente extinto, e não é isso que se tem.
O mesmo se tem com o próprio Drama, em questão de datas. Porém o drama não é tão jogado na escória da sociedade com o seu parente, o melodrama. O drama tem muitos mais seguidores e é muito mais respeitado, talvez por ser mais perto da nossa realidade sem todo o “floreamento” e sem todo o sentimentalismo exacerbado, ou também por não ser a representação da tragédia grega em formato de burgueses. E sem dúvida, também, que o drama ainda é muito mais presente em nosso cotidiano.
Mas o que seríamos sem esses dois lindos? Certamente muitas das peças que são apresentadas hoje em dia não existiriam. Muitos musicais não seriam feitos (bate três vezes na madeira). Filmes, muitos deles, seriam extintos. E quanto às novelas... bom... não existiriam novelas, quanto mais as radionovelas. Pode imaginar o século XXI desta forma?
Por isso, e por outros vários motivos, não devemos mais odiar e desprezar tais gêneros. Devemos, sim, glorifica-los e ama-los. Acho que está na hora de fazermos grupos e eventos no Facebook junto com as mais variadas hashtags no Twitter, como: #TodosSomosDramáticos ou #OHumanoÉMelodramático. E mais, devemos sair nas ruas para protestas a favor de deles. Afinal, eles merecem todo nosso ODE!!