Manifestações
Após sete anos de preparação, começou nesta quinta-feira (12/6) a Copa do Mundo no Brasil. Nunca a disputa de uma Mundial dividiu tanto o país. A atuação da Seleção Brasileira não é alvo das críticas, mas sim os gastos do governo com o evento.
Na Praça do Relógio, em Taguatinga/DF, manifestantes se concentram com faixas de protesto. Para impedi-los de acessar o Taguaparque, a Tropa de Choque da Polícia Militar do DF está posicionada na Quadra C1, próxima ao local da Fan Fest da Fifa. Motoristas enfrentam trânsito intenso na EPTG, no sentido Taguaparque, e na Avenida Dom Bosco, em direção à Ponte JK, entre as QIs 12 e 19 do Lago Sul. Apesar de vagões lotados de torcedores que se dirigem para a festa da Fifa no local, a equipe do Correio percorreu trajeto de metrô da estação Central até a praça do Relógio, em Taguatinga, em 35 minutos.
Em São Paulo, às 10h, manifestantes já protestavam contra gastos da Copa do Mundo na Zona Leste. A manifestação ganhou nome de Grande Ato 12 de junho Não vai ter Copa. Pelo Facebook, mais de 10 mil pessoas confirmaram a participação. A pauta dos manifestantes é ampla e contempla itens como elitização do futebol, remoção das famílias por causa da Copa, exploração sexual infantil e as obras incompletas de mobilidade urbana.
Para conter o avanço dos manifestantes, que queriam chegar à Radial Leste, principal via de ligação entre o Centro de São Paulo e a Zona Leste, onde fica o estádio Itaquerão, a polícia fez barreira e usou bombas. Em consequência, duas jornalistas da emissora americana CNN, Shasta Darlington e Barbara Arvanitidis, ficaram feridas. A primeira sofreu um pequeno corte no braço e segunda foi atingida no pulso. Darlington usou o Twitter para agradecer aos manifestantes pela ajuda: "Obrigado a @WyreDavies e ao cordão