MANEIRA LÚDICA DE SE ENTENDER DERIVA ALÉLICA
Rogério Fernandes de Souza
Departamento de Biologia Geral, Centro de Ciências Biológicas, Universidade Estadual de Londrina, Caixa Postal 6001, CEP
86051-990, Londrina, Pr, Brasil.
E-mail:rogfs@uel.br
Palavras-chave: deriva, material didático, ensino.
RESUMO
Esta atividade procura simular os efeitos da deriva sobre as freqüências dos alelos de um mesmo gene ao longo das gerações. Pretende-se mostrar, de maneira lúdica, os princípios básicos deste mecanismo evolutivo bem como estimular o pensar sobre o papel do acaso na evolução biológica.
INTRODUÇÃO
Assim como a seleção natural, a deriva é um componente importante do processo evolutivo, muito embora ela seja menos divulgada e até mesmo menos compreendida que a primeira. A deriva é responsável, principalmente, pela evolução de características que não afetam de maneira considerável a adaptação dos organismos ao seu ambiente.
Imagine-se, por exemplo, um determinado gene que tem apenas dois alelos, denominados A1 e A2, e que estes não alterem drasticamente o fenótipo dos indivíduos, nem quando em homozigose (A1A1 ou A2A2) ou heterozigose (A1A2). É possível, pela ação da deriva, que as freqüências relativas destes dois alelos oscilem, ao longo das gerações, por questões puramente casuais.
Em uma grande população, tal oscilação não terá um efeito significativo na taxa de transmissão dos vários alelos que um determinado gene pode ter. Isso porque, a cada geração, a natureza aleatória deste processo tenderá a se manter em uma média, tendo em vista que algumas famílias passarão mais cópias de um dos alelos e outras passarão mais cópias dos outros, e assim por diante.
Entretanto, em uma população pequena, este efeito pode resultar em mudanças rápidas na diversidade e na composição genética destes grupos de organismos.
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OBJETIVO
O objetivo desta atividade é mostrar, de forma lúdica, como a deriva pode, de maneira totalmente ao acaso,
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