Mande Chamar
PROFESSORES: Patricia Alves
DISCIPLINA: DIREITOS HUMANOS E DIVERSIDADE CULTURAL SÉRIE: 1ª
DIVERSIDADE CULTURAL – IV UNIDADE-2013 Nossa história está marcada ela violência dos poderosos contra os mais fracos. Ela se inicia com o massacre de índios, que até o descobrimento não sabiam o que era fome e desigualdade social. Até hoje, não se conhece entre os índios a figura do menor abandonado. No entanto, eles eram vistos pelos colonizadores como seres inferiores. Para o colonizador português, os índios eram preguiçosos. Em razão disso, o Brasil entrou na rota da escravidão negra. O escravo não era, juridicamente, considerado ser humano, apenas um instrumentum vocalis, que em latim significa “ instrumento que fala”. Escravo era coisa, não gente. O Brasil foi a última nação independente a acabar com a escravidão. Esse fato deixou marcas profundas na cultura nacional, na forma como as pessoas encaram o mundo. É um dos elementos para se entender como ainda hoje são cometidos tantos assassinatos no campo, em sua maioria impunes. A nobreza portuguesa que aqui se achava estimulou a vinda dos europeus para, entre outros motivos, embranquecer o sangue do povo brasileiro. Historicamente a questão do menino de rua aparece como consequência direta da escravidão. Em 1906, o chefe de polícia do Distrito Federal (Rio de Janeiro) já se mostrava incomodado: “Existem nesta capital, disseminados por todos os pontos, numerosos menores de sexo masculino que, sem amparo e proteção, sem recursos, portanto, que lhes proporcionem subsistência, entregam-se à prática de delitos e vícios.” Esses meninos eram filhos de escravos. Por falta de instrução e qualificação, eles tinham dificuldades para encontrar espaço no mercado de trabalho. O ensino básico era ainda mais limitado do que atualmente. Era tamanha a dificuldade que, e 20 de junho de 1888, pouco mais de um mês após a promulgação da Lei Áurea, que libertou os escravos, o