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Trauma Raquimedular (TRM) é uma lesão medular traumática, definida como um conjunto de situações que comprometem a função da medula espinal em graus variados de extensão. Dentre as causas frequentes estão os acidentes automobilísticos, as quedas, os mergulhos e os ferimentos com arma de fogo. A incidência anual de TRM é de 40 casos por milhão na população norte-americana, sendo 54% de indivíduos tetraplégicos e 46% de paraplégicos.
Há maior prevalência de TRM em adultos jovens, entre os 16 e 30 anos de idade, do sexo masculino, sendo a região cervical e a transição toracolombar os seguimentos mais atingidos. Estudo epidemiológico realizado na cidade de São Paulo apontou como causa predominante de TRM as quedas ao solo e a média de idade de 35 anos, sendo que, 60% dos pacientes com traumatismo no seguimento de C3/C7 apresentaram complicações funcionais como perda da motricidade voluntária.
Cunha, Menezes e Guimarães pesquisaram as lesões traumáticas nas partes torácica e lombar da coluna vertebral em 76 indivíduos, e verificaram que a média de idade foi de 39,8 anos, com predomínio do sexo masculino (3:1) e sendo a queda em altura a causa mais comum.
Os sintomas ocorrem de acordo com o nível da lesão, a extensão e o tempo do acometimento, sendo esta classificada como completa, quando as funções motora e sensitiva encontram-se interrompidas abaixo do nível do trauma, e incompleta quando existe função motora e/ou sensitiva preservada abaixo da lesão. O paciente pode apresentar ainda mudanças nas funções fisiológicas representadas por alterações respiratórias, vasculares, urinárias, intestinais, e musculoesqueléticas.
Coelho, Brasil e Ferreira, avaliaram o risco de lesão neurológica em 89 pacientes com fratura ou luxação da parte cervical inferior da coluna vertebral, entre 1980 e 1995, e concluíram que luxações bilaterais de faces articulares e fraturas em explosão são fatores de risco na lesão da medula espinal. Não