Malandragem contemporânea
Este trabalho tem como objetivo a análise do conceito de malandragem na Ópera do Malandro de Chico Buarque de Holanda em seus componentes histórico e literário. Em primeiro lugar, foi executado um levantamento do percurso da figura do malandro na sociedade brasileira Na música de Chico Buarque, é notável uma grande recorrência no tema malandragem. O malandro em si é mostrado em suas músicas como uma figura cativante, boêmia e de grandes marcas na cultura Brasileira. É intrigante que mesmo décadas mais tarde do seu alardeado fim, a boemia dos tipos que usavam terno, chapéu e sapato ainda mobilize a reflexão acerca da identidade nacional. O que nos indaga a uma análise compenetrada acerca de um de nossos patrimônios Nacionais: a malandragem. Uma análise da figura do malandro pode ser processada na musica popular brasileira em compositores da década de 1920 e 1930, como cita o texto de Chico Buarque. É um indivíduo interessado apenas em sua própria sobrevivência, que faz do bar o seu lar e seu “escritório”, que tem muitas dividas e marca a rejeição ao trabalho, e tem uma identidade particular, pois seus gestos e sua maneira de falar “não tem tradução” para outros idiomas. Na citada música de Chico, há uma verdadeira crítica a visão da malandragem de antigamente para a malandragem atual. o Malandro dos tempos antigo se fazia daquele que vivia no morro, não tinha preocupações, na grande maioria se mostrava indisposto ao trabalho e se revelava um verdadeiro sambista. Em ‘’homenagem ao malandro’’, a figura do malandro de chapéu, pobre e sambista passa a ser a figura do malandro de terno e gravata, e com capital. Esses tipo de malandro citado seria os político brasileiro e suas ‘‘malandragens’’ no poder público. A música nos revela que esse novo malandro está habituado a uma vida de cheio de regalias, conforto, fama... tudo isso nadando na corrupção. Tem muitos