Maias
Neste trabalho iremos abordar cinco episódios que se destacam pela sua importância na obra “Os Maias”, são eles: o Jantar no Hotel Central, o Jantar dos Gouvarinhos, os Serões no Ramalhete, as corridas no Hipódromo e o Sarau do Teatro da Trindade. Antes do desenvolvimento de cada um dos episódios, damos um resumo da obra em questão e desenvolvemos os vários tipos de espaço da mesma.
Nos episódios, serão relacionados vários aspectos, como as relações entre as personagens, as vestes e o simbolismo de certos momentos. Os Maias A obra de Eça de Queirós (1845-1900) foi publicada em 1888, sendo uma das mais importantes de toda a literatura narrativa portuguesa, destaca-se sobretudo pela linguagem em que está escrita, pela fina ironia com que o autor define os caracteres e pela forma como Eça apresenta as situações.
O subtítulo “Episódios da vida romântica” retrata a sociedade lisboeta do final do século XIX. Essa interligação, entre a acção principal com uma sucessão de acontecimentos de âmbito social, proporciona como uma imagem da sociedade lisboeta. Esta obra é a expressão do desgosto e da decadência nacional, espelho do desânimo da Geração de 70 (1870), transformado no grupo dos "Vencidos da Vida".
É um romance realista e naturalista, onde não faltam o fatalismo, a análise social, as peripécias e a tragédia, que são próprias do enredo passional.
A obra ocupa-se da história de uma família (Maia) contando-nos a história de três gerações, centrando-se depois na última geração e dando relevo aos amores incestuosos de Carlos da Maia e Maria Eduarda. Mas a história é também como que um pretexto para o autor criticar a situação decadente do país, tanto a nível político como cultural e a alta burguesia lisboeta oitocentista, por onde decorre um humor (ora fino, ora satírico) que configura a derrota e a desilusão de