Maias varios aspectos
José Maria Eça de Queirós nasceu na Póvoa de Varzim, a 25 de Novembro de 1845, e foi um dos mais importantes escritores da literatura portuguesa do século XIX.
No seu conjunto, as suas obras exibem formas e temas muito distintos. Isso não transmite apenas um sentido agudo de insatisfação estética (patente também no facto de o escritor ter submetido muitos dos seus textos a profundos trabalhos de reescrita), mas também uma grande capacidade para prever e até antecipar o sentido da evolução literária que no seu tempo Eça testemunhou e viveu.
Os Maias, após publicado, não foi muito bem aceite pela sociedade. No entanto, hoje em dia é uma das obras mais importantes da literatura portuguesa.
Pretendemos com este trabalho obter um conhecimento mais aprofundado sobre esta obra, mais especificamente sobre o espaço e a acção.
Neste trabalho, não só exploramos o espaço físico, social e psicológico, como também a acção principal, secundária, a tragicidade da acção, entre muitos outros aspectos d’Os Maias.
Espaço Físico
Nesta obra, as características do espaço físico são muito importantes uma vez que nos levam a concluir o modo de vida e as características das próprias personagens.
Os espaços físicos apresentados ao longo da obra são os seguintes:
Santa Olávia:
Santa Olávia era o solar da família, na margem esquerda do Douro, simbolizando a vida e a regeneração dos dois varões da família, o clima ameno que lá se faz sentir representa a purificação de Afonso.
Esta é o símbolo de vida, ligada à água que contrasta com Lisboa, “a cidade degradada”.
“Carlos passava as férias grandes em Lisboa, às vezes em Paris ou Londres; mas por Natais e Páscoas vinha sempre a Santa Olávia”. (capitulo IV)
“ (…) que o prendera mais a Santa Olávia fora a sua grande riqueza de águas vivas, nascentes, repuxos, tranquilo espelhar de águas paradas, fresco murmuro de águas regantes… E a esta viva tonificação de água