Madeira de Demolicao
Nos últimos anos, com o crescimento da procura por materiais de baixo impacto ambiental, surgiram selos que oferecem mais pistas sobre o caminho dessa matéria-prima até nossa casa. No caso das peças de demolição, “A procedência é duvidosa, pois não existe um sistema de certificação para elas. O Ibama não exige qualquer tipo de cadastro”, afirma Marcio Nahuz, do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT).
O IPT considera madeira de demolição aquela que compôs a estrutura de algum edifício (servindo de viga, caibro, ripa ou assoalho) que tenha sido simplesmente desmontada. Grande parte dessas situações ocorre hoje no Sul do Brasil. “Muitas casas e galpões de antigas fazendas de café no Paraná e em Santa Catarina estão sendo derrubadas para dar lugar ao plantio de álcool e soja”, conta Marcílio Marques, diretor comercial da Vitrine, loja que incluiu a peroba e a canela (as mais comuns) em seu catálogo.
Quanto a autenticidade, “Um jeito de checá-la: pedir à fábrica para visitar o estoque e observar o estado original das tábuas. Elas chegam com pregos, vestígios de tinta e marcas”, sugere Sérgio Fuzaro, proprietário da Ouro Velho, uma das pioneiras na comercialização. Questionar a procedência e pedir documentos (fotos e atestados da demolidora, entre outros) também ajuda a fiscalizar.
Com o aumento da demanda e a redução dos estoques, o consumidor já sente a alta nos preços. Para produzir, a matéria-prima dá trabalho, pois precisa ser beneficiada até virar tábuas com largura e espessura padronizadas, além de ser de ótima qualidade e naturalmente resistente a cupins e brocas.
Para reduzir o desperdício, muitas empresas vendem as réguas